terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Slow but live







O tempo fora preciso.

Os Versos, on line, escassos,

Arredios, mas sempre livres.

Os signos?

Imagens

Rodam

Rodam

Rodam…

E…Retornam

Ao retorno

Do retorno.

Eis-me aqui!




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

RUAS DE EXU





Estou na rua perdida.

Rua que encontro ao adentrar

O beco escuro depois da encruzilhada.

O povo da rua confabula.

Encostado em um poste

Diante do despacho,

Recebo de bom grado

Champagne et poulet.

Piquenique suburbano.






segunda-feira, 12 de junho de 2017

Átimo retrô








Por que venho

Revivendo

Mágoas,

Cartas do passado

sob taquicardias pretéritas,

tomo a liberdade

de recordar

sorrindo.











quarta-feira, 10 de maio de 2017

Consonant sounds










Melhor

Uma bela palavra,

Molha a boca.

Hibrida.

Água para o sedento.

Mata a sede pela saliva deliciosa de seus dígrafos.

Sopa de fonemas,

Canções consonantais.

Consoantes letras em meu caminho…






quinta-feira, 27 de abril de 2017

A casa grande persegue Lula e o povo sofre o golpe (BRASIL QUEIMA)




       Assisto um golpe em curso que não cessará sua sanha por poder e destruição do povo.
CLT, SUS, INSS e o que mais houver com vontade social será devorado pelo monstro insaciável.              Atônitos, lenientes, ignorantes e impotentes assistimos o monstro vencer, destruir, devorar e gargalhar.

       Globotizados cospem xingamentos e o ódio irradiado por fricção atômica atinge tudo e a todos.            Não há mais pessoas, vejo apenas andrajos entrecortados por gritos de horror e de torpor.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Lembrança furta-cor










Conheço diversas cores
Brilhantes e opacas.
Cores amarelas com calor de vermelhas.
Cinzas com gosto de laranjas,
Brancas com cheiro de rosas.
Nesse dia diorama
Sorvi do cálice,
Calado,
O gosto imagético pigmentado.
Desde então
Desconheço
O roxo escuro do olhar.
O breu do esquecimento
Tirou-me a íris da memória.



segunda-feira, 6 de março de 2017

Um copo d'água





O que vem a ser um poeta?
Será aquele que cala a fala,
Que a pena diz
Apenas
Ser normal?
Muitos pratos quebrados.
Poemas gravados,
Todos correndo riscos.
Riscos poéticos.
Frases inteiras riscando
O mar da língua,
Rios polissêmicos
Sob chuva de signos vazios.
Gota a gota
O poeta escreve com caneta d'água.






segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Moinho das bocas






Em um aqueduto equidistante

Percorri inúmeras eras.

Passional, resume o oco,

Buraco negro que engole

O mundo.

Triturando,

Moendo,

Moenda,

moinho

Formado por dentes.

Rodas espiraladas de caninos

Dentro de rodas menores

Formadas por caninos mais finos.

Rodamoinho de dentes

Triturando a carne,

Dilacerando

Pedaço por pedaço

O pretérito insólito.

Aquele que é preferível olvidar.





terça-feira, 24 de janeiro de 2017

LIVRE A GIRAR




Esqueço chaves,

Relógio,

Tempo ,

Ofensas,

Tristezas

E carteiras.

Certo dia,

Eu, de tão distraído

Perdi um amor.

Um tempo esquecido,

Interno de uma gaveta qualquer.

Depósito lotado,

Guarda-chuvas solitários.

Um desses atrevidos

Desvencilhou-se dessa opressão.

Guiado pelo vento

Girava em diagonal

Sob uma azulada manhã.

Céu leve de outono.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Happy hour






O sol

Solicitando presença

Solapando tristezas

Entre nuvens gris

O sol

Solidário do dia

Soltando magia

A noite por um triz

O sol

Testemunha do acaso

Tez tíbia, ocaso

Trevas criando raiz





segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Parras poéticas






Como folhas do outono,

Um visgo de poesia

Desapega-se da pena.

Frases florescem em mim,

Ecos secretos segredando

Pétala por pétala

Memorias passadas, vindouras.

Parras sobre um corpo estranho,

Eclodindo em miásmas sem fim.

Palavras que profiro.




terça-feira, 3 de janeiro de 2017

GALÁXIA DE GUTEMBERG




O verso livre é fato

Aquilo que a construção

Fez da letra imagem.

O que era som

Tornou-se forma

Imagética

Para se imaginar







MODALIDADES

KBÇÓIDES POÉTICOS