sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Desvario metropolitano


Na cidade quente seu beijo refrigera minh'alma

Não sinto o cheiro forte dos becos

Das paredes de um século atraz

A vida me mostra campos verdejantes

Insisto em trilhar terrenos baldios

Não digo que o juízo abre falência

Nem que tudo está perdido

Sinto-me como a folha de outono

Que flutua sobre a agua

Querendo desesperadamente

alcançar o outro lado do rio

Se escapa-me sua presença

A realidade torna-se desvario

Mas se sua mão me conduz

A morte escapa-me por um fio
Pela tórrida cidade

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